- Home>
- capitulos , fanfic , verdade branca >
- Capítulo 8
Thursday, May 21, 2020
Não conseguia conter a emoção a cada passo que dava ao se aproximar do
prédio que vira há dois dias. O enorme restaurante-ginásio parecia cada vez
mais bonito conforme olhava. Era um tanto bizarro imaginar um local que ao
mesmo tempo que proporcionava calmos e deliciosos almoços e jantares também era
palco de lutas agitadas entre Pokémon. A placa era a primeira coisa que chamava
a atenção: “Striaton Gym & Restaurant! The Triple Trouble”.
— Problema triplo? – leu Bianca. – O que isso quer dizer?
— O ginásio é comandado por três grandes líderes e chefs de cozinha –
explicou Fennel. – E detalhe: eles são irmãos.
— Tá querendo dizer que eu vou ter que batalhar contra três de uma vez? –
o treinador ficou um tanto ansioso.
— Isso você vai descobrir quando entrar... – respondeu a mulher, rindo. –
Vem, vamos lá.
O interior era tão incrível quanto o exterior. Tradicional descrevia a
sensação que aquele ambiente passava, o piso era de carpete e as paredes e
pilares eram de um tom de marrom que imitavam madeira com ornamentos, as
janelas tinham as bordas pretas e iluminavam todo o salão. Havia muitas mesas
que seguiam o mesmo padrão, quadradas ou retangulares com elegantes toalhas
brancas e confortáveis cadeiras de madeira de cor bege, no teto, para quando a
luz do sol não estivesse mais lá, jaziam dois enormes e lindos lustres
amarelados. Quem quer que fosse o dono do local, tinha muito bom gosto e quis
manter o visual antiga, mudando apenas algumas coisas para se manter dentro do
mercado.
Uma garçonete com um delicado vestido laranja e avental se aproximou,
fazendo questão de recepcionar os clientes com um sorriso enorme no rosto.
— Boa tarde, senhoritas e senhor – começou. – Vocês têm alguma reserva?
— No nome de Fennel – respondeu a cientista. – Eu liguei hoje de manhã.
— Oh, fui eu que atendi você – riu a outra. – Por aqui. Mesa para cinco,
certo? – ela começou a andar pelo salão, sendo seguida pelos outros.
— Exatamente.
Próximo de uma janela, uma mesa estava organizada com cinco cadeiras, a
garçonete convidou-os a sentar e quando estavam todos confortáveis, entregou um
delicado menu bege com dourado para cada pessoa.
— Vou dar um tempinho para que vocês possam escolher e já volto – a
mulher terminou de orientar e saiu.
Hilbert ajeitou a bolsa com Victini dentro no chão e o mesmo espiou o
ambiente, curioso.
— Ei, eu quero comer também – sussurrou o pequeno.
— Eu sei, eu sei – sussurrou o treinador de volta. – Fica esperto que eu
vou te passando comida conforme for chegando.
Hilda, que estava ao lado do menino, observando tudo, ironizou:
— Não vão querer roubar a comida daqui também, né? – riu.
— Engraçadinha... – murmurou, mostrando a língua.
O grupo estava tão concentrado na infinidade de pratos no menu que nem
notaram a aproximação de alguém.
— Boa tarde – começou ele, recebendo a atenção de todos.
De aparência jovem, o rapaz tinha cabelos curtos com um pequeno topete
espetados de cor verde, que combinavam com seus olhos da mesma cor e a pele
quase pálida. Usava um uniforme diferente dos outros garçons, uma camisa social
branca coberta por um colete preto com botões dourados, a calça social era
escura e os sapatos bem polidos eram de cor marrom, na cintura, possuía um
singelo avental e o pescoço era rodeado por uma gravata borboleta de um tom
verde escuro.
— Desculpa interromper vocês – continuou. – Vi que são rostinhos novos,
com a exceção da Fennel e da pequena Amanita, então vim recepcioná-los
pessoalmente. Meu nome é Cilan, eu sou um dos chefs do restaurante.
Hilbert cutucou Grimaud em seu ombro e sussurrou:
— É ele um dos líderes do ginásio?
— Exatamente, senhor Hilbert. Quando não estão batalhando, estão
cozinhando e servindo comidas que me parecem super apetitosas.
— Ótimo! Cilan! – o garoto se levantou num pulo. – Eu te desa-
Hilda agarrou o braço do garoto e o fez sentar com certa violência.
— Podemos conhecer seus irmãos? – questionou a morena, com um sorriso
nervoso, ouvindo alguns protestos do companheiro. – Ouvi falar que são
cozinheiros incríveis como você.
Cilan riu:
— Eu agradeço o elogio e espero poder agradar a senhorita com os melhores
pratos da região de Unova – sorriu. – Vou chamar Chili e Cress para conhecê-los
– o rapaz de cabelos verdes deu a volta nos calcanhares e se dirigiu para os
fundos onde provavelmente era a cozinha.
— Porque fez isso, Hilda? – questionou Hilbert, irritado.
— Eu não vou deixar você desafiar eles antes da gente comer – explicou a
menina, cruzando os braços – Eu estou com fome e eles parecem ser excelentes
cozinheiros.
— É melhor batalhar de barriga cheia, Hilbert – riu Bianca. – Estará com
energia de sobra para um confronto digno.
O garoto coçou a nuca, um pouco corado.
— Tem razão. Vai torcer por mim?
— Com certeza.
Cilan voltou em poucos minutos com outros dois jovens, que se não fossem pelos
cabelos e cores de olhos, seriam exatamente como o rapaz de cabelos verdes
consideram que usavam o mesmo estilo de uniforme. Um tinha cabelos lisos e
azuis com uma ajeitada franja por cima de um dos olhos que também eram azuis e
o outro tinha cabelos espetados, rebeldes e vermelhos e olhos expressivos e de
mesma cor.
— Pessoal? Esses são meus irmãos – ele apontou para o de azul. – Esse é
Cress e esse – ele se direcionou para o de vermelho. – Chili.
— Olá pessoal. É um prazer enorme conhece-los – sorriu Cress. – Adoramos
receber todo tipo de treinador. Vocês são de longe?
— Eu sou de Castelia – sorriu Hilda.
— Eu vim de Nuvema – respondeu Bianca.
— Eu estou há um bom tempo na estrada, mas vim de Lentimas – disse
Hilbert.
— Cada um de um lugar diferente, isso é maravilhoso – sorriu o jovem. –
Espero que possamos agradar com nossa comida para que possam nos elogiar nas
suas cidades – ria.
— Bem-vindos, fiquem à vontade – riu Chili.
Hilbert estava impressionado com o ar de experiência que os três passavam
mesmo com a aparência tão jovem.
— Bem, agora que nos conhecemos,
queremos que sejam bem recepcionados e desfrutem da nossa deliciosa comida –
Cilan sorriu gentilmente e se encaminhou de volta a cozinha com os irmãos.
— Uau! – exclamou Hilbert – Eles são os líderes? Achei que seria um cara
gordo e velho com ar superior e metido a chef supremo do universo.
— Tipo aquele cara que acabou de entrar no restaurante? – completou
Hilda, meneando a cabeça em direção a porta de entrada.
Ao que todos viraram a atenção para o local, se depararam com um senhor
de muita classe que utilizava um dólmã branca que realçava a enorme saliência
em seu abdômen, a pele era pálida e o rosto rechonchudo quase escondiam o belo
par de olhos azuis. Ele não era tão alto, mas sabia impor intimidação.
Ao entregar seu casaco para uma das garçonetes que o recebeu com certo
receio, o enorme chefe começou a analisar o local como se julgasse cada canto
do restaurante, começou a resmungar para si mesmo como se anotasse algo em sua
mente. A figura era engraçada, mas mesmo assim, trazia uma certa soberania.
— Acho que reconheço esse rosto...
– murmurou Hilda.
— É outro amigo seu? Ou parente? – questionou Hilbert.
A garota refletiu por alguns minutos e bateu as mãos.
— ÉRICO P. NETTO! – exclamou, abaixando a voz no final ao perceber que
algumas pessoas e até o próprio Érico direcionaram seu olhar para ela. –
D-Desculpe... – riu, sem graça, virando-se em direção a mesa que estava.
— Quem? – questionou o garoto ao seu lado, num sussurro.
— Érico P. Netto, é um chef famoso, conhecido pelos seus pratos doces e
seu restaurante em Nimbasa City – explicou Fennel, juntando-se a conversa,
falando em um tom baixo.
— Já fui algumas vezes com a minha mãe. Ele é bem perfeccionista e
rígido.
— Ele só parece engraçado para mim – argumentou Hilbert, dando de ombros.
- Não dá pra levar a sério um cara que anda com uma roupa daquelas na rua.
— É mesmo, meu jovem? – uma voz grossa veio na nuca do garoto, que gelou
ao ver a sombra redonda se formando por cima dele, ao virar-se, notou que Érico
olhava seriamente para ele. – Eu também acho engraçado o fato de você estar
usando um boné dentro de um restaurante.
— Eu... Eu... – o menino sentiu as palavras faltarem e apenas abaixou a
cabeça, envergonhado.
— O silêncio é a melhor resposta – o chef ajeitou sua roupa, olhando para
os outros integrantes da mesa.
— Oh, senhor Netto – Cilan surgiu da cozinha e se aproximou. – O-obrigado
por vir, desculpe não estar na porta para te recepcionar. A casa vai lotar em
breve e estamos organizando a mise en place.
— Essa mesa já foi atendida? – Érico direcionou-se a mesa em que Hilda e
Hilbert e seus amigos estavam. – Vejo eles segurando menus, mas não vi nenhum
garçom ou garçonete atendendo-os de fatos.
— A-ah – o cozinheiro acenou timidamente para uma das garçonetes que se
aproximou apressadamente. – Vão ser atendidos agora mesmo, senhor. Porque não
se senta aqui? Agradeço demais sua presença, vamos adorar ouvir suas críticas e
sugestões sobre nossos pratos. Preparamos uma mesa para o senhor – Cilan
começou a se distanciar com o novo convidado.
— Meu Arceus, eu achei que fosse morrer – choramingou Hilbert.
— Ele parece ser tão superior – comentou Bianca. – O que ele veio fazer
aqui?
— Provavelmente veio “julgar” o restaurante – respondeu Fennel, franzindo
a testa. – Devem estar tentando conquistar outro prêmio nacional. Ajuda na
propaganda.
— É meio estranho, né? – refletiu Hilbert, brincando com um garfo. – Como
ele pode dizer que uma comida é melhor que a outra? Eu odeio carne de
Bouffalant, mas é injusto dizer que todo prato com essa carne é ruim – ele
percebeu os olhares virados para ele. – O que foi?
— Estou impressionada como uma coisa tão filosófica e correta saiu da sua
boca. Tem certeza que o Grimaud não tá sussurrando isso no seu ouvido? –
debochou Hilda.
— Engraçadinha... – o garoto respondeu mostrando a língua. – O Grimaud
nem está aqui mais, deve estar por aí, atrás de alguma garçonete.
— Ok, ok. Podemos fazer nossos pedidos? Estou começando a ficar com fome
– riu Fennel, lendo o cardápio.
O restaurante aos poucos foi lotando de pessoas, algumas eram cliente
assíduos, outros eram turistas e os mais tímidos eram fãs do renomado Érico P.
Netto que só entraram na esperança de conseguir uma foto ou um autógrafo. Ao
decorrer do tempo, foi-se notando o desespero dos garçons e garçonetes que
começavam a retornar alguns pedidos que eram devolvidos pelos clientes com uma
certa careta ou reclamação. Hilda e os demais da mesa começaram a estranhar
tanta revolta pelos pratos, até que enfim, os pedidos chegaram. A garota
analisou o prato raso branco e delicado a sua frente onde repousava uma
casquinha de Krabby, decorada com uma... bola de sorvete?.
— Isso tá meio estranho... – murmurou para si. Mesmo sendo de uma família
de classe alta e estando a acostumada a ver os mais exóticos pratos, sorvete
não parecia a melhor combinação para o prato.
— Eu pedi carne de Tauros, mas algo aconteceu e estou vendo assas de
Ducklett fritas – disse Fennel. – E o seu, Amanita?
— O meu parece que veio certo – a garota experimentou o molho do curry
que tinha pedido. – Ew, colocaram açúcar no lugar do sal...
— O meu está igual da Hilda, com uma bizarra bola de sorvete numa
casquinha de Krabby – riu Bianca. – Hilbert?
Hilbert parecia não estar focado na conversa, já estava furiosamente
devorando seu prato.
— O dele veio certo? – questionou Hilda, analisando o prato.
— Estou vendo morangos e... Aquilo é carne de Bouffalant? – concluiu
Fennel, um tanto relutante.
O garoto parou de se deliciar com sua refeição e arregalou os olhos em
direção as garotas na mesa.
— Carne de Bouffalant? – questionou, temoroso.
— É o que parece, ela é mais escura que a carne de Tauros – respondeu a
morena ao seu lado. – O que achou que fosse?
— Sei lá, qualquer tipo de carne – ele mostrou a língua. – O quê? Não me
julguem, a receita é assim, não é? Tenta saborear as coisas separadamente.
Morango? Bom. Creme? Bom. Molho? Bom. Carne? Bom.
Hilda fez uma certa cara de nojo e começou a observar o restaurante, mais
especificamente o renomado chef Érico que parecia impaciente e bravo com um
prato a sua frente que era muito parecido com o que Hilbert tinha devorado
segundos atrás.
— Eles parecem perdidos – sussurrou Bianca para amiga.
O grito estridente veio da mesa do ilustre P. Netto.
— JÁ CHEGA! Isso daqui tá fora de controle! – o rechonchudo se levantou.
– Menina, fecha o restaurante! – apontou para uma das garçonetes. – Quero todo
mundo fora daqui.
Desesperada, mas com medo de contrariar as ordens de alguém tão
imponente, a funcionária e outros garçons começaram aos poucos a dispensar os
clientes do local, educadamente. Um homem ruivo, que estava pálido pelo medo,
se aproximou da mesa de Hilda e os outros e gentilmente estendeu a mão para a
porta, repetindo várias as vezes as palavras por favor e desculpa.
— Mas e a minha batalha? – argumentou Hilbert, decepcionado.
— Faremos isso outro dia – sua companheira de jornada segurou seu braço e
o guiou para fora.
O grupo se encaminhou em direção a saída, dando uma última espiada no
salão. Na parte em que dava a cozinha, os três gêmeos, os grandes chefs da
região de Unova e provavelmente, grandes líderes de ginásio, observavam, com
tristeza, cada cliente sair. O treinador que estava ansioso para conquistar
insígnia se perguntara se a sua futura e incerta batalha seria um desastre
igual o prato que lhe fora servido.
Cilan encostou-se na parede da enorme cozinha e olhou para seus irmãos.
Chili tirou a touca protetora e encarou sério os dois irmãos.
— Eu disse que isso não daria certo – resmungou, em tom ríspido.
— Foi só uma pequena falha, Chili – argumentou Cress, paciente e calmo.
— Pequena?! – o irmão de cabelos vermelhos riu alto, debochado. – Cara,
aquilo foi um desastre. E o Cilan achando que a gente tava pronto para
enfrentar um chef daqueles. Cara, a gente é péssimo, admita.
— Prometemos para a mamãe – murmurou o jovem.
— Prometemos a mamãe que cuidaríamos bem do restaurante dela, não que
bancaríamos os Masterchefs! – retrucou Chili, com o rosto mais vermelho do que
seus cabelos.
— Vocês concordaram comigo! – o de verde elevou o tom de voz. – Eu não
sou dono desse lugar sozinho, se eu tive culpa, vocês tiveram também!
— Pessoal... – Cress tentou interferir.
— Eu concordei em lutarmos para fazer a casquinha de Krabby da mamãe
continuar sendo um dos melhores pratos da região de Unova. Você quis extravasar
e enfiar um chef renomado para avaliar o prato bem no momento em que estamos
lidando com a morte da nossa mãe e a conciliar o restaurante e o ginásio!
Perdemos cinco batalhas seguidas por conta da nossa falta de preparo!
— Não venha me dizer como lidar com a morte da mamãe, você ao menos foi
no funeral dela! – gritou Cilan, cerrando os punhos.
— Ok, ok, vamos parar os dois! – mesmo relutante, o irmão de cabelos
azuis levantou os braços na tentativa de acalmar os ânimos.
— Agora entendo de onde veio tanta confusão no preparo dos pratos – Érico
adentrou a cozinha com toda a elegância possível. – The triple trouble,
faz sentindo quando você ouve três irmãos discutindo. Discussão tripla,
problema triplo, confusão tripla.
— D-desculpe, sr. P. Netto... – suspirou Cilan. – Não era pra ser daquele
jeito. Faz uma semana que nossa mãe faleceu, ela carregava esse lugar nas
costas, a gente só cuidava da parte do ginásio.
— O primeiro passo para um bom restaurante é aprender a separar o pessoal
do ambiente da cozinha – o chef começou a caminhar pela cozinha. – Vocês têm
tudo na mão, mas ainda agem como amadores.
— Cozinhamos há mais de dez anos – retrucou Chili, cruzando os braços.
— Eu cozinho há vinte e cinco anos, mas eu nunca disse que sou o melhor
por aí. Eu tenho muito a aprender ainda.
— Desculpe... – suspirou o de vermelho. – Peço perdão se desapontamos o
senhor, a ideia não foi minha e do Cress, foi do Cilan que queria dar uma de
durão e provar logo de cara que somos melhores cozinheiros que nossa própria
mãe. Talvez se o senhor pudesse voltar no futuro...
— Amanhã! – Cilan disse de prontidão – Amanhã é outro dia, senhor,
passaremos a noite treinando esses pratos se precisar, mas por favor, não
desista da gente. Lhe daremos a melhor casquinha de Krabby que o senhor já
provou e lhe mostraremos que aquele Triple Trouble na porta é para
mostrar aos outros restaurantes que somos os melhores.
— Me sinto desafiado – sorriu Érico. – Pois bem, me mostrem. Mostrem-me
que vocês têm o melhor restaurante de Unova e eu elogiarei vocês nos quatro
cantos da região.
— C-combinado – tenso, o de cabelo verde estendeu a mão e fechou o acordo
com um aperto leve. O grande chef saiu em passos largos e silenciosos.
Chili encarou o irmão, furioso.
— Que merda você acabou de fazer?! – exclamou.
— Vamos conseguir, Chili – respondeu. – Nós somos bons, só não estávamos
em um dia bom.
— A nossa mãe era boa! Nós não somos 1% dela! Você tem que a aprender a
abaixar a bola e ser mais humilde, Cilan! – batendo o pé, terminou: - Eu não
vou ajudar nessa palhaçada.
— Chili!
— Chili... Por favor – Cress colocou a mão sobre o ombro do irmão. – Eu
entendo de verdade que você está frustrado por hoje. Eu admito que nós três
falhamos. Por favor, faça isso pela promessa a nossa mãe. Ela sofreu tanto para
nos criar e levantar esse lugar, seria horrível assumir e ficar brigando à toa.
— Farei isso por você, Cress... E pela mamãe – em seguida, encarou Cilan.
– E quanto a você, aprenda a controlar a sua boca enorme. Se isso não der
certo, é o fim desse lugar – o jovem tirou o avental, pendurou-o sobre um
cabideiro e saiu.
Cilan suspirou e olhou para o irmão de cabelos azuis.
— O que a mamãe faria essas horas?
— Sinceramente? Ela puxaria nossas orelhas e daria um sermão sobre como
sermos mais unidos – riu.
— Sinto falta dela... – respondeu, melancólico.
— Todos sentimos – o outro suspirou de volta.
Quando a noite caiu, as luzes da cidade começaram a se acender, postes
iluminavam as calçadas e vias e as luzes dos prédios clareavam apartamentos e
outros ambientes. Hilbert estava na casa de Fennel, caminhando impaciente pela
pequena sala.
— Dá pra você sentar um pouco? – resmungou Hilda, com as pernas
encolhidas no sofá, penteando os pelos de Zorua.
— Eu não acredito que aquele velho gordo metido atrapalhou minha primeira
batalha de ginásio – protestou o garoto, cruzando os braços.
— A culpa não é dele – respondeu Fennel, sentada sobre uma banqueta alta.
– Eu nunca vi aquele restaurante falhar daquele jeito. Deve ser por conta do
falecimento da dona, a mãe de Cilan, Cress e Chili. Não deve estar sendo fácil
lidar com a falta da presença de uma pessoa importante. Eu e a Amanita, por
exemplo, ainda não conseguimos lidar direito.
— Deve ser muito triste – comentou Bianca, juntando as mãos.
Hilda e Hilbert pararam seus afazeres e pareciam pensativos. Ambos não
conheciam os pais e sabiam muito bem a falta que fazia não ter para quem
perguntar sobre coisas que mais ninguém – até mesmo uma mãe – não conseguiam
responder. O garoto ajeitou o boné e pegou sua jaqueta, era hora de agir.
— Eu vou treinar um pouco.
— Agora? Está tão tarde – Victini bocejou, levantando-se do sofá,
seguindo o amigo.
— Não precisa vir se quiser.
— Só vou te seguir para garantir que não vai se perder. E também pra
comprar algo para que eu possa comer – confessou o Pokémon, entrando na
bolsa do garoto.
Hilda levantou-se e vestiu seu boné.
— Onde vai?
— Com você, ué.
— Pra quê?
— Pra te acompanhar, precisa de motivo?
Bianca foi a próxima a se manifestar.
— Eu quero te ver treinar também.
O garoto seguiu seu sangue subir, queria agir sozinho, e agora tinha três
pessoas na sua cola prontas para atrapalhar seu suposto plano. Ele tentou
negociar, mas os seus indesejados acompanhantes não paravam de falar no seu
ouvido.
— AAAAH! EU VOU SOZINHO! – jogou sua bolsa com Vic no colo de Hilda e
saiu apressadamente, deixando os que ficaram perplexos e curiosos.
— O que deu nele? – questionou a loira.
— Coisas de Hilbert... – suspirou o Pokémon anjo.
Hilbert correu até alcançar uma certa distância do prédio e verificou se
não estava sendo seguido. Recuperou o fôlego e direcionou o olhar para o
restaurante-ginásio, ainda havia luzes acesas, mas eram fracas, provavelmente
eram da cozinha. Ele começou a rodear o prédio, procurando um jeito de pode
falar com os líderes, mas não precisou se esforçar muito quando Cilan saiu de
uma porta a esquerda, retirando o avental e suspirando, sentando-se na pequena
escada, o garoto de boné então, se aproximou.
— Ei – cumprimentou.
O líder de cabelos verdes olhou para o garoto e demorou uns minutos para
reconhecê-lo.
— Ah, você – riu quando se lembrou. – Desculpe pela experiência
catastrófica de hoje. Espero que não tenha vindo reclamar.
— Eu não achei a comida ruim – ele sentou-se ao lado do outro. – Eu
estava lá para desafiar vocês. Meu sonho é ganhar a Liga Pokémon.
— Acho que você se desapontaria com a batalha que teria contra a gente. Estamos
tão perdidos com o falecimento de nossa mãe que o mundo...
— ...parece estar de cabeça pra baixo e você não tem a quem recorrer –
completou Hilbert, olhando para Cilan. – Eu entendo esse sentimento, eu nunca
tive um pai... presente. Então muitas coisas eu ainda fico confuso em fazer.
Não é como se minha mãe fosse entender todas as minhas perguntas.
— Exatamente. Não é como se todo mundo soubesse fazer a casquinha de
Krabby que só minha mãe sabia fazer – riu o líder.
— Você foi a primeira pessoa que
me fez comer carne de Bouffalant – confessou o treinador. – Tudo bem que ela
veio com morango e creme e isso foi estranho, mas mesmo assim, estava bom. Eu
não sou um crítico gas... gastrô... gras... - ele pareceu perdido na palavra.
— Gastronômico?
— Isso! Mas enfim, não acho que sua comida seja um problema, nem que você
seja um péssimo líder... Vocês... só estão perdidos. Se nada der certo,
improvise e faça do seu jeito, nem que se for pra colocar morangos e todo mundo
achar estranho. Surpreenda eles.
Cilan sorriu calorosamente. Há alguns dias precisava de palavras
reconfortantes, só não achava que elas viriam de um treinador que tinha achado
plausível a combinação de morangos e carne.
— Porque eu acho que essas palavras valem para você também?
— Estou tentando te ajudar aqui. Foi difícil pra mim pensar em tantas
palavras bonitas, mas eu senti que devia, eu tive alguém incrível que me
levantou num momento difícil, eu meio que estou retribuindo – Hilbert sorriu. –
Então saiba que eu estou aqui para o que precisar.
— Isso é que um amigo diz – argumentou o jovem de cabelos verdes.
— Então eu sou seu amigo – riu.
— O P. Netto vai voltar aqui amanhã, eu fiz a besteira de dizer que
estava pronto para impressionar ele amanhã, mas tô morrendo de medo –
confessou.
— É como eu disse, é só improvisar. E me chama se precisar de ajuda que
eu ensino aquele gordão como é que se come direito – riu Hilbert, sendo
respondido com uma risada calorosa e amiga do companheiro.
Depois daquela conversa, Cilan sentiu que estava pronto para fazer o
prato mais delicioso de sua vida, e o ingrediente tinha vindo da pessoa que ele
menos esperava: Determinação.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
hehehe muito interessante o cap! Adorei! Principalmente as referencias. mal posso esperar para ver o que vai vir agora
ReplyDeleteYoo Shii
DeleteToo much referências <3 Espero que tenha se divertido :3 Obrigada pelo comentário
Posso garantir que o o 9 é tão divertido quanto o 8 ahshahshahsha Só aguardar
See ya
Bertinho dando apoio moral para o Líder, mal sabe ele que isto fará o trio ganhar auto confiança o suficiente para sair da maré de derrota e usar a Mirsth como esfregão durante a batalha ._. pobre mincino, agora sei como a cara dela ficou daquele jeito no meu desenho.
ReplyDeleteOlá Star! Como tu está?
Wait, não teve nenhum pokémon novo neste capítulo, isso significa que vou passar mais 3 semanas sem ver PLL? Ou nosso personagem spoiler era nossa maravilhosa referencia para o jurado mais fofo do master chef?
Curti muito este capítulo mais slice of life, gosto de ver um pouco de calmaria entre capítulos de batalha.
Acho que é isto, até o próximo Star!
POÉTICO ESSE SEU DISCURSO AHSUAUHSHUASHU MIRSTHY ESFREGÃO FODASE HAUSUHAUHSHUAS
DeleteYooo Anan, estou bem sim, querido, e você? Obrigada por comentar
O spoiler na verdade tem haver com o nome do Tepig da Hilda, daria um erro de continuação colocar o nome dele antes da Hilda dar um pra ele haushuahus Mas vamos que vem, PLL logo deve chegar com o Tepig ahsuashuahu
ERICO É MEU PERSONAGEM FAVORITO ATÉ AGORA AUSHUAHUSHU
fico feliz que tenha se divertido, Anan, é muito bom fazer esses capítulos sem muita ação, estou ansioso para ver vocês no próximo
See ya <3
Bela escolha para a capa, eu não esperava que o foco fosse ser nos líderes tentando superar os obstáculos da vida e também vencer seus medos :3 Dessa vez os protagonistas estavam ali como espectadores antes da merda toda acontecer por causa de nosso ilustríssimo Senhor P. Netto (obrigado pela homenagem, Panetto estaria orgulhoso! ♥). Eu achava que ia rolar muita palavra em francês e memes, mas Érico se mostrou como um personagem muito autêntico, ele está ali para fazer o que faz de melhor, degustar comidas boas e valorizar os melhores cozinheiros!
ReplyDeleteEu gostei muito do momento em que as coisas começaram a ir pelos ares e os três irmãos surtaram, mas quem recebeu um carinho mais especial foi o Cilan naquela conversa final com o Hilbert, foi tão pessoal e sincero, o Hilbert é muito precioso errando as palavras e dando seu melhor para ajudar alguém que em breve será seu rival kkkkk Eu acho que todo líder de ginásio merecia ter um preparo com atenção antes da batalha chegar, porque só chegar e cair na pancadaria sempre me pareceu tanto desperdício mesmo na época dos jogos! E é exatamente capítulos assim que me fizeram me apaixonar pelas fanfics, uma visão renovada de personagens que já conhecemos e não cansamos de nos surpreender <3
Yooo Canas
DeleteBom te ver por aqui <3
Líderes são pessoas também haushuashu Vou ser sincera, eu odeio esse primeiro ginásio de Unova, acho tão meh, sem graça, mas ele tem algo que dá um puta cenário criativo: Um restaurante. E graças a Deus, quando eu escrevi esse arco, Pesadelo na Cozinha tava no auge, então esse capítulo ficará um pouco datado hasuahushua
Panetto e Erick Jacquin foi a combinação mais linda que minha mente poderia imaginar ( PAnetto é meu herói, i miss him <3). Eu só não joguei muita palavra em francês por vacilo mesmo, mas no 9 teremos a presença da língua de Kalos hausuahshua
Eu adoro essa cena no final aaaaaaaaaaa Cilan e Hilbert é tão shippável haushuasuh Eu gosto dessa discussão dos irmãos, revela um pouco da personalidade dos 3 :3 Sinto que acertei neles e dei um destaque merecido, mas o capítulo 9, a ação ainda está pra chegar haushuashu Aguarde, a saia está chegando
Obrigada pelo comentário e pelos elogios Canas <3
see ya
OLÁ STAR
ReplyDeleteEntão você decidiu trabalhos nosso trio de líderes que cuidam de um mesmo ginásio favorito (até por que não tem muitos).
Como sempre o Cress é o mais sensato. É meu favorito dos três.
Cara, imagina ter que assumir tudo isso, ainda lidando com a morte de um ente querido. É realmente difícil. Mas o Cilan emocionou muito chamando o crítico.
Por falar nele, não sei se foi a intenção, mas o personagem, em suas primeiras falas, parece antipático, mas ele é de boa. Tipo, ele mesmo admite que tem muito o que aprender, então ele não é prepotente como eu achei inicialmente, pelo visto.
E nosso menino Hilbert ajudando o Cilan, mesmo que do seu jeito super sincero e simples. Nosso gadinho está evoluindo como pessoa.
Bom, até o próximo capítulo, Star!
Yooo Alefu
DeleteVOu admitir que odeio o primeiro ginásio de Unova, é tão... meh. A sorte dele é que por se passar num restaurante, acaba me abrindo muitas possibilidades, e trabalhar com comida é coisa que eu manjo ahusahushua
O Cress é reizinho demais, aquele rosto gentil dele me dá essa sensação de mais velho.
Imagina a pressão desses três irmãos assumindo tantas responsabilidades :(
Cilan chamar o P. Netto foi bem irresponsável, eu penso que ele estava tão inseguro com o que os outros estavam pensando, que queria usar uma plaquinha para provar que era capaz, e acabou envolvendo os irmãos.
Acho que as primeiras falas deles tem que soar bem profissional, ele tenta passar uma boa impressão, mas ele está em constante mudança, tanto que ele é o que tem mais destaque dos três. O Chili é explosivo e o Cress é mais calmo, ele está... querendo assumir a liderança pra sentir confiança, então realmente tem muito a aprender
E o Hilbert, como sempre, enfiando o nariz onde não é chamado. Eu gosto de como os dois conversam por se parecerem tanto de maneiras muito distintas. Dentro do meu coração, eu shippo eles um pouco haushashuahus
Orgulho do nosso gadinho <3
Obrigada pelo comentário :3
See ya
Heeey Star! Demorei, mas to aqui pra comentar no capítulo.
ReplyDeleteRealmente eu esperava que nesse fosse acontecer a batalha de ginásio do Hilbert, mas esta não ocorreu, penso que até tenha sido melhor assim porque ele teve tempo de se preparar e os líderes de ginásio de serem apresentados. A primeira batalha de ginásio é um evento muito importante na vida de qualquer treinador, ainda mais se tratando eles de crianças.
Sobre os líderes, bem, achei um capítulo divertido de ser lido, porém senti falta de profundidade nos personagens, tudo seria ok se apenas houvesse apresentação deles para os protagonistas, mas quando você criou todo uma cena e um contexto de caos e conflito dos próprios líderes, meio que não me estabeleceu uma conexão com eles entende? Pra mim ficou só como uma cena jogada, acho que se o capítulo tivesse começado com uma aproximação do grupo com um dos três irmãos, dele narrando como foi difícil para manter tudo funcionando e como estava nervoso com a chegada do chef, teria dado um sentimento a mais e a gente poderia sentir mais empatia por eles.
"Eles perderam a mãe faz uma semana e o dia no restaurante foi um caos. Hilbert: Fodase vo desafiá mermo asssim "Já ia chamando o Hilbert de cuzão egoísta, mas ainda bem que ele conteve os ânimos e foi legal com o Cilan no final.
Acho que é isso, Star. Creio que a batalha de ginásio deve acontecer no próximo capítulo e estou curiosa acerca de como vc a trabalhará.
Abraços! Continue o bom trabalho!
Yooo Carol
DeleteTodo mundo ta esperando essa bendita batalha e eu vim aqui pra quebrar expectativas.
Eles esperavam batalhas, vão receber episódio de Pesadelo na Cozinha.
Eu admito que odeio esses 3 irmãos, acho eles tão broxantes em quesitos de batalha.
A princípio eu trouxe a Bianca justamente pra fazer uma batalha tripla, mas o mangá já fez isso, copiar seria muito óbvio. A ideia do Érico veio para um especial, mas o Canas e eu tivemos uns brainstorming e eu notei que esse plot principal seria incrível.
Poxa, que pena que não consegui te passar essa sensação logo de cara, estarei de olho para não errar na frente.
Obrigada pelo comentário, bb <3
See ya
“Pesadelo na Cozinha” inicialmente me pareceu uma ótima transição entre o Dreamynard e a batalha de ginásio que está prestes a acontecer, até perceber que também teve o proposito de apresentar personagens novos e aprofundá-los levemente, deixando o protagonismo com eles. É ótimo ver as ideias que os autores têm pra conciliar os arcos da historia sem deixar a emoção de lado, deve ser complicado sair de um capitulo emocional como o 5, ou de um com batalhas intensas como o 7 e dar rumo a história, mas você faz isso muito bem. Eu ri com as semelhanças com o programa de tv mesmo, e fui conferir as notas do capitulo só pra ter certeza que tinha pegado as referencias kkkk
ReplyDeleteYooo Subversivo
DeleteMuitas pessoas esperavam uma batalha de ginásio até eu colocar um chef francês gordo pra falar sobre Casquinhas de Krabby. Culpa minha que fiz uma espécie de "clickbait" ahsuauhshuas Mas esse capítulo é só o começo do que vai vir no 9 õ7 Uma pequena introdução para você se familiarizar com os três chefs hausahushuahus
Poxa, obrigada, de verdade, sempre que eu escrevo um capítulo, eu tento colocar na minha cabeça que ele tem que ser incrível do seu jeito e não depender de outro capítulo <3 Então eu agradeço e fico feliz e satisfeita em saber que estou te divertindo <3
Eu adoro Pesadelo na Cozinha, fiz reprise da maioria dos episódios e nunca me canso de assistir, apesar de que um tempo esse capítulo ficará datado, valeu a homenagem <3 E AS REFERÊNCIAS NUNCA SÃO DEMAIS
Obrigada por ler, Sub <3
See ya
E eu que estava à espera do combate de ginásio e recebi literalmente um programa de pesadelo na cozinha? Star, achei muito criativo e interessante ao mesmo tempo! A estratégia de apresentar um pouco das histórias dos Líderes de Ginásio antes da verdadeira batalha torna-os mais tridimensionais, sabe? E, no fundo, isso é lindo. Porque Líderes de Ginásio não são apenas postes que você deve ultrapassar para vencer.
ReplyDeleteGostei de ver esse núcleo de cinco personagens a interagir. É interessante ver como todos lidam uns com os outros. Da mesma forma, os três irmãos mostraram alguns traços de personalidade bem diferentes uns dos outros. Mas é claro, Cilan tem sempre aquele maior protagonismo. Estou curioso para ver como eles vão lidar com esse lance do restaurante e, ao mesmo tempo, superar a tão recente morte de sua mãe.
A conversa entre Hilbert e Cilan no final foi bem fofa. Quando ele disse que, quando precisava, tinha tido alguém que o ajudava... o meu coração derreteu. Admito que talvez Hilbert e Hilda tenham mais química que Hilbert e Angie... mas não vou desistir ainda viu???
Da mesma maneira, mal posso esperar para ver qual será a estratégia adotada para esse gym de triple trouble. Será que Hilda e Bianca vão lutar ao lado de Hilbert? Isso seria muito interessante! Enfim, cá estarei para ver! Até!
Yoo Angie
DeleteAcho que enganei todo mundo com esse capítulo. Eu estava muito no clima de Pesadelo na Cozinha, eu adoro esse programa com todas as minhas forças, e como ele estava em alta na época, resolvi aproveitar <3
Fico feliz que tenha gostado de toda essa dinâmica, apesar de rápido, eu quis introduzir aos poucos os três lideres sem colocar muita informação, acho que só de vocês saberem quem eles são e o que está acontecendo na vida deles, já ajuda a criar uma compaixão momentâneo.
Como vc disse, é melhor que eles parecerem 3 postes que só servem pra molecada arrancar a insignia deles ahsuhuahu Eles tem seus próprios desafios
AAAAAAAH, MAS EU SHIPPO CILAN E HILBERT HASUAUSHUASHU
VAI ANGIE, EU CONFIO, VC VAI CONQUISTAR O BERTINHO HAUSSHUASHU <3
Obrigada pelo comentário
See ya
Fala aí Estrela! Tudo ok?
ReplyDeleteOlha, eu achei que Bertin era desastrado, mas esses três aí sim merecem o título de "vergonha da prrofissón", entregue pessoalmente pelo Érico P. Netto. Mas o mundo é cheio de grandes reviravoltas. Talvez algum dia a gente reconheça carne de Bouffalant com morangos e creme como uma das grandes iguarias de Unova. Apesar de que eu apenas continuaria admirando essa iguaria de longe... Bem longe.
Esse finalzinho definiu um pouco mais da personalidade do Hilbert que eu achei interessante. Você sempre fala como gosta do tipo de protagonista amigável e inocente de shonen, mas mesmo assim você criou um protagonista que não se encaixa muito nisso. Digo no sentido do Hilbert não ser o tipo de pessoa que vai sair sorrindo pra qualquer pedestre aleatório e perguntando "quer ser meu amigo?". Mas mesmo assim você imputou nele um traço típico dessa categoria de protagonista, que é a empatia espontânea e irracional. Ele nunca viu o Cilan na vida, mas entendeu rapidamente as dores que ele passa, e como alguém que também passou por muito perrengue o Hilbert conseguiu compreender o que se passa na cabeça do líder e soube escolher cirurgicamente as melhores palavras pra confortá-lo. É interessante ver uma ação dessa partindo desse tipo de personagem que já passou por muita dificuldade porque é um aspecto até raro de ver ser trabalhado assim. Geralmente os personagens que passam por situações ruins na vida acabam se fechando, mas você fez disso uma fonte de força pro Hilbert. Uma força que acaba servindo muito mais a quem está em volta dele do que a ele próprio. Quase como se o Hilbert tivesse um poder de cura, mas que ele não conseguisse usar nele próprio, só nos outros.
É isso, esse capítulo foi bem rápido, então acabou que só tive esses dois pontos a comentar. Mas ele cumpriu muito bem com seu propósito de apresentar os líderes, o contexto e desenvolver a relação do Hilbert com pelo menos um deles. Tudo bem fechadinho, como NPU vem sendo até aqui.
Ótimo trabalho! Até a próxima! õ/
Yoo Shadz. Tudo certin?
DeleteA carne com morango e creme vai virar coisa de mainstream e o pessoal da internet vai começar a normalizar e vai virar um desastre. Confia na call
Boatos de quem o Hilbert foi inspirado no Ralph e nos duzentos personagens de shonen mesmo eu só assistindo shoujo, mas no final a gente sempre acaba adicionando detalhes que são só nosso, então fico feliz que vc tenha identificado isso rapidamente
Eu não tenho nada contra personagens que se remoem com traumas do passado, mas eu sempre achei mais inspirador usar o seu passado como carga de experiência para ficar mais forte. No final eu tenho um Bertinho Naruto do que um Sasuke kkkkk
Sinto falta de escrever esse capítulos curtinhos pq hoje em dia eles passam fácil de 5 mil kkkkkk Mas se cumprem seu propósito, eu fico feliz :)
Obrigada pelo comentário <3
See ya!