• Saturday, July 17, 2021

     


    Quando Hilda parou em frente daquela enorme porta com ornamentos de ouro, sentiu sua mão suar e a pressão cair.

    Lembrou-se de todas as apresentações de musicais e teatros que fizera quando nova, mas nada se comparava a sensação de ter que ser ela mesma num lugar onde ela era a protagonista. Quinze anos era uma idade muito poética, mesmo que fosse só mais um número. Mais um ano de experiência, mais um ano perto da morte. Era hora de largar a boneca e abraçar o primeiro amor.

    Mas não queria deixar a oportunidade de viver um conto de fadas de lado.

    Engoliu seco quando a porta finalmente se abriu a luz quase a cegou.

     

    Quando o grupo chegou em Unova após uma longa viagem, Havana foi a primeira a recepcionar eles no porto com abraços calorosos e uma sensação de urgência.

    — VOCÊ TÁ NA MINHA MÃO, MOCINHA! – disse ela para a filha, que se assustou. – TEMOS UM MONTE DE DETALHES PARA ARRUMAR EM DUAS SEMANAS!

    — É-é um prazer revê-la, mamãe – respondeu Hilda, cansada da viagem, mas vendo que não teria muito tempo para descansos.

    Havana olhou em volta e notou um novo rosto.

    — Oh, mais um vestido para fazermos? – ela segurou o braço de Inari também. – Bem-vinda, querida. Se é amiga de Hilda, é convidada de honra da festa.

    — O-Obrigada – agradeceu a sacerdotisa, ainda meio assustada com a recepção. Todos da região eram assim?

    A mãe de Hilda olhou para Jackson e Hilbert.

    — Vocês dois – começou. – Levem as coisas delas para o apartamento da minha irmã. Tem um táxi esperando por vocês.

    E assim, Havana saiu animada, carregando as duas garotas no seu encalço.

    No final da tarde, as duas finalmente adentraram o apartamento, exaustas. Jackson e Hilbert estavam devidamente confortáveis no sofá da sala, degustando de um lanche da tarde preparado por Maisy, enquanto contavam como tinha sido a viagem para Johto para o pequeno Oliver.

    — A gente exausta e vocês dois na maior folga? – disse Hilda, com as mãos na cintura, não antes de perceber que Clay estava presente também.

    — Eles estavam contando o que aconteceu em Johto – comentou o homem. – Foi uma viagem e tanto.

    — É. Foi – respondeu a garota, meio indiferente. Ainda não conseguia se sentir bem com Clay, seja lá o que ele fosse de sua mãe. – Eu comprei alguns presentinhos – ela foi até a sacola trazida pelos meninos e retirou os objetos, entregando um para Maisy e o Teddiursa de pelúcia para Oliver.

    — Uau! Obrigada, prima Hilda – sorriu o menino, abraçando o urso.

    Clay tentava de todas as formas manter uma conversa com Hilda:

    — O que comprou para sua mãe?

    Sem quer ser mal-educada, ela tentou resumir enquanto observava o pequeno embrulho:

    — É um colar de um Dragonair. Ela me contou que já teve um e que é favorito dela.

    — Fez uma excelente escolha – sorriu o mais velho, com sinceridade e gentileza. – Tenho certeza de que ela vai adorar e usar no seu aniversário. Aliás, é em duas semanas. Acredito que esteja ansiosa.

     

    DUAS SEMANAS.

    Em duas semanas seria como se tivesse que abandonar a Hilda de catorze anos e uma nova teria que superar todas as expectativas. Ela já teria que falar de futuro, de grandes projetos, de assuntos entediantes dos adultos. Com quinze anos, ninguém mais a veria como uma criança que tinha liberdade para cometer erros. Era tanta pressão que mal conseguia dormir.

    Naquela noite, não havia silêncio e Castelia estava no seu ritmo de sempre: muito barulho noturno.

    E apesar de morar a vida inteira lá, passar um mês fora fez Hilda se desacostumar com as buzinas e a música estourando nas baladas e boates próximas. Ela se virou em sua cama quando ouviu a porta do seu quarto abrir, Inari dormia em um colchão confortável, e a julgar pela feição, não acordaria tão fácil. Na porta, a figura tímida de Oliver entrou, com seu pijama infantil e um Teddiursa de pelúcia.

    — Não consegue dormir? – questionou a prima, como se conhecesse a figura.

    — Hilbert ronca demais – murmurou, subindo na cama de sua parente quando essa o chamou.

    — O segredo é apertar o nariz dele e quando ele acordar, fingir que nada aconteceu – riu a mais velha, se lembrando de todas as vezes que dividira a cama com o amigo, ato esse, que se tornara frequente. E pensar que no começo, ela o considerava um maluco que falsificava insígnias, e agora, um mês depois, ele tinha sido promovido ao cargo de ‘primeiro amor’, mesmo que não soubesse. Seria esse um sinal de que ela estaria mudando?

    — Posso dormir com você? – questionou Oliver, já se acomodando como se soubesse a resposta.

    — Como nos velhos tempos – sorriu ela. – Lembro que as vezes quando o tio Ben e a tia Maisy saíam para algum jantar, eles me deixavam cuidando de você. Eu tinha uns 10 anos e você, 4 – contou, nostálgica. – Você tinha medo de um Glameow do vizinho que sentava bem na sua janela e corria pra cá – riu.

    Oliver coçou os olhos, mas prestando atenção.

    — Você sempre foi boa em cuidar de mim, prima Hilda – respondeu, sincero. – E pelo o que o Hilbert diz, você cuida bem dele também. Deve por isso que ele não morreu até hoje.

    Hilda riu baixinho.

    — Você acha que eu consigo cuidar de mais pessoas? – perguntou enquanto sua mente a levava para os dias que Bruce, na Route 3, os hospedou no Day Care e lhe ensinou algumas coisas.

    — Acho que sim. Você chamou mais duas pessoas pra sua equipe – disse Oliver. – Acredito que você terá trabalho. Mas você a prima Hilda, você consegue tudo.

    — Estou com medo dos meus 15 anos, Oliver – confessou.

    — Porque está com medo da sua festa? Vai ter doces e balões.

    — O problema não é a festa – riu, brincando com o cabelo dele enquanto encarava o teto. -  Eu tenho tanta pergunta pra fazer ainda, mas parece que quando o dia 10 de Março chegar, esse prazo vai se esgotar e eu vou ser obrigada a saber tudo sobre mim.

    — Prima, você achou um sonho pra você? – perguntou o mais novo. Oliver não saberia dar os conselhos de um adulto, mas como uma criança, ele sabia fazer as perguntas corretas.

    Hilda engoliu seco e refletiu.

    Depois dos acontecimentos com a Light Stone, toda a sua jornada em descobrir um sonho para si tinha perdido espaço para uma busca incansável de fragmentos para depois uni-los e sabe-se lá o que fazer. Tentou procurar em si mesma e na sua memória algo, só então percebeu que não poderia levar e ligar para sua mãe para que ela lhe dissesse. Isso era crescer?

    — Eu quero ajudar as pessoas, Oliver – começou, como se preparasse um discurso. – Eu quero vê-las bem, felizes e saudáveis. Eu gosto de sorrisos e de abraços de agradecimento. Quero que as pessoas olhem para mim e tenham confiança – depois, deu um sorriso tímido como finalmente pudesse dizer em voz alta o que há muito tempo seu interior já sabia: - Eu quero ser médica.

     Oliver sorriu ao ver sua prima sorrir. Era como se aquela determinação fosse contagiante.

    — Só que eu tenho uma missão importante para resolver ainda. E eu tenho que estudar, mas não posso abandonar minha jornada. Livros são espaçosos e numerosos. O que eu faço?

    — Compra uma mochila maior – respondeu, com simplicidade.



     

    Ainda com um milhão de perguntas na cabeça, nada adiou o evento que Hilda temia.

    Era dia 10 de Março e o dia estava bonito com uma temperatura agradável.

    Hilda quase não sentiu o dia passar e quando percebeu, já estava de frente para as enormes portas duplas que separavam o hall do salão, onde já era possível ouvir a faladeira dos convidados. A julgar pela quantidade de vozes, era bem provável que Havana havia convidado todas as trezentas pessoas (e provavelmente, metade ela não reconheceria). O fotógrafo só fazia seu trabalho, fotografando a garota, que permanecia estática, mergulhada em seus pensamentos.

    Ajeitou a saia do seu vestido e não conseguia esconder a admiração.

    Como uma verdadeira princesa, o vestido branco tinha uma saia bufante com diversas camadas de pano que quando se movimentava, parecia que flutuava como um anjo. Seu tronco era coberto por um tecido liso e justo, realçando um pouco de seus seios. A gola fazia um X em volta de seu pescoço e se encerrava com um nó em forma de laço, enquanto as costas estavam expostas, mas eram cobertas as vezes pelos cabelos castanhos da moça.

    Cabelo esse que estava com um penteado bem diferenciado do que ela usava no dia a dia. Enrolados e volumosos graças ao cabelereiro, ele estava levemente preso em um coque que fazia apoio para uma delicada tiara de ouro, enquanto mais mechas desciam pelas costas e ombro da garota.

    E como se não fosse o suficiente, em seus pés, uma sandália de salto alto feita exclusivamente para ela ajudava a compor o look. Maquiagem e acessórios quase a deixavam irreconhecível, mas mesmo assim, era possível saber que aquela era a Hilda.

    Apenas a Hilda.

    A porta se abriu e depois de se acostumar com a iluminação, segurou a saia de seu vestido e deslizou para dentro. Se deparou estar um andar acima dos convidados, em um mezanino com duas escadas de cada lado que possibilitariam sua descida. Ela foi até a borda e apoiou as mãos no parapeito feito de gesso e pôs-se a observar o salão.

     

    O Salão Diamante Auria parecia realmente um diamante. Com arquitetura alta, ele misturava um ar medieval dos contos de fadas com o toque contemporâneo com espelhos e colunas retas. Apesar disso, lustres antigos e restaurados iluminavam o salão que estava lotado de pessoas observando a nova figura que entrara. Figura essa que era tão aguardada.

    Hilda tentou procurar todos os rostos conhecidos, mas só conseguiu achar o de sua mãe com um sorriso de orelha a orelha que estava ao lado de uma figura masculina, que provavelmente deveria ser Clay. Havana não poupara de chamar a atenção – não mais que sua filha – usando um longo vestido preto brilhante tomara que caia e o cabelo curto, que naquela altura, já havia crescido um pouco.

    Uma música leve começou a tocar e, guiada pelo que deveria ser o organizador da festa, ela desceu uma das escadas com cuidado, como se cada passo lhe trouxesse uma memória de toda a sua vida. Ainda que 15 anos fosse só o começo de muitas coisas, ninguém poderia lhe desmerecer pela história que tivera no passado.

    Isso se parece com os bailes que eu frequentava. Todos me olhavam com admiração igual estão olhando pra você – comentou Clara em sua cabeça.

    — Minhas pernas estão falhando, sinto que vou cair de tanto nervoso – sussurrou, mantendo um sorriso para disfarçar.

    Mais próxima do andar inferior, ela conseguiu reconhecer Cheren e Bianca num canto com roupas elegantes e delicadas. Do outro lado, viu Inari e Jackson. Jackson usava um terno cinzento com uma gravata verde – sua cor destaque – e, por um milagre, seus cabelos estavam bem penteados e os fios organizados. Inari, por sua vez, estava tão linda quanto o usual, suas madeixas alaranjadas e lisas escorriam por suas costas e ombros. Seu vestido era composto por alça finas e um decote coração onde o torso era da cor branca, a saia escorregava pelo resto do corpo com tecidos finos e engomados da cor violeta claro. Os dois sorriram ao ver a garota que retribuiu o sorriso.

    Ben, Maisy e Oliver estavam próximos também com roupas adequadas para a ocasião. Benjamin sempre ficava bem de terno e Oliver parecia uma miniatura dela, enquanto Maisy completava a família com um lindo vestido azul estilo sereia. Todos que ela amava estavam lá, felizes. Mas faltava um.

    Do outo lado do salão, inverso a posição das escadarias, havia um arco que dava para um jardim, mas que nas laterais ficavam uma espécie de bastidores. A luz não chegava muito ali, mas Hilda conseguiu reconhecer a silhueta de Hilbert entrando.

    Ele caminhou vagarosamente como se tivesse tão ansioso quanto a garota. O mundo parou quando o olhar dos dois se encontraram.

    Era um fenômeno raro ver o menino de Lentimas com roupas sociais. Provavelmente ninguém imaginaria ver o treinador com um terno de tecido tão caro. A camisa era branca e ele usava uma gravata azul. Cobrindo, um blazer azul claro que combinava com as cores das calças e sapatos estava feito sob medida. Ele parecia mais alto – provavelmente algum artificio colocado nos calçados para aumentar o tamanho.

    Hilda olhou seu companheiro de jornada de cima a baixo antes de desfazer o sorriso e botar uma expressão de surpresa. Não havia proteção em sua cabeça. O cabelo castanho estava penteado para trás e junto dele, para quem quisesse ver, os amarelados e pontudos chifres. A garota voltou a encontrar os olhos do garoto e percebeu que tudo aquilo era proposital e que ele não parecia nem um pouco preocupado em ser observado ou alvo de fofocas.

     

    Os dois começaram a caminhar até se encontrarem no meio do salão, onde as pessoas se aglomeraram em cantos – graças as ordens dos organizadores -, deixando o centro do salão livre para o que viria logo em seguida: A valsa.

    Hilda não deixou de dizer:

    — H-Hilbert, seus chifres – sua voz saiu meio falha, estava preocupada.

    — Você está incrível – respondeu ele, estendendo a mão para ela. – Não se preocupe comigo. Estava tão nervosa hoje, então decidi não me esconder. Serei eu mesmo nessa noite e você também deve ser. Se sente confortável assim?

    Ainda boquiaberta, ela tentou raciocinar o que exatamente acontecera para que Hilbert estivesse daquele jeito.

    — Você bateu a cabeça? – questionou, só para ter certeza.

    Hilbert pigarreou, corado, como se tivesse escondendo aquela emoção por horas.

    — Dá pra colaborar? – murmurou. – Tá difícil manter a pose aqui.

    Ela segurou o riso, aliviada por saber que estava tudo bem. Pegou a mão estendida do garoto, que estava suando frio. Os dois estavam fora da sua zona de conforto, mas Hilbert era o que mais estava longe de sua bolha de segurança. Hilda prometeu para si que faria o treinador ver que valia a pena.

    Os dois se posicionaram para o início da valsa conforme haviam ensaiado, Hilbert colocou umas das suas mãos nas costas nua da garota e a trouxe para mais perto, ela sentiu o corpo se arrepiar e a respiração pesar. Uma música clássica e calma com violinos começou a tocar e Hilbert e Hilda realizaram seus primeiros passos. Os dois se mantinham concentrados em olhar um para o outro, como se qualquer distração pudesse ocasionar uma falha na dança.

    Foi só num rodopio que Hilda percebeu tantos olhares para os dois e quase travou quando retornou a olhar para o garoto.

    — Estão todos olhando para você – disse ela, ainda preocupada com a exposição dos chifres que tanto machucavam o rapaz. Mas este, fazendo movimentos leves de dança antes de puxar o próximo passo, disse:

    — Acredite, estão todos olhando para VOCÊ.







    Nem parecia ser o Hilbert. Ele conduzia a dança tão perfeitamente que parecia ter gasto todas as energias só para aquele dia. Sempre com o sorriso confiante usual no rosto, ele fazia os rodopios e girava em círculos com Hilda, que ainda não conseguia se decidir se sorria ou se assumia uma expressão boba.

    Os braços faziam movimentos leves como penas, subindo e descendo conforme ordenava a coreografia. A saia do vestido da garota brilhava e parecia véu quando o garoto a girava. Em certo momento, não havia mais ninguém.

    Era só eles dois, num conto de fadas clássico.

    Hilda se sentia em Cinderela, mas estava mais com cara de Bela e a Fera. Mas aquilo não importava. Os pensamentos sobre ser uma pessoa completamente diferente quando fizesse 15 anos? Esquecera. Queria ser apenas a Hilda que estava sendo naquele momento: ansiosa, sonhadora, porém, feliz ao lado das pessoas que amavam. Não esperava superar as expectativas de ninguém e muito menos queria ser uma pessoa completamente diferente. Queria amadurecer e realizar sonhos, mas nunca perder a Hilda que sempre fora.

    A dança percorreu por alguns minutos e o salão admirava tamanha elegância e luxo, ainda que dinheiro fosse o de menos. Foi possível ouvir uma reação de excitação do público quando Hilbert agarrou o quadril da aniversariante e a levantou do ar enquanto ela fazia um movimento com a cabeça. Os dois riram.

    Quando a dança acabou, eles pararam um de frente ao outro, próximos. Hilda continuou incansavelmente a fitar os olhos de Hilbert que recuperava um pouco de fôlego da dança. Não se soube exatamente de onde ela tirou aquela coragem, mas em uma fração de segundos, a garota colocou uma de suas delicadas mãos gentilmente contra a bochecha do treinador. Ele olhou surpreso para ela.

    Fechou seus olhos azuis e com suavidade, aproximou o rosto de depositou um leve beijo contra os lábios úmidos de Hilbert que arregalou os olhos, sem saber como reagir. Os rostos de ambos coravam, e não era pelo cansaço e esforço da dança. Quando terminou, ela recuou levemente e prestou reverência, finalizando assim, a valsa.

    Nenhum dos dois voltou a tocar no assunto.







    Não só de danças se fazia uma festa.

    Quando o jantar começou a ser servido com finger foods e comidas com nomes esquisitos, todos aproveitaram para se socializar. Hilda conversou com tantas pessoas que sentiu sua boca implorar por água ou qualquer outro tipo de bebida não-alcóolica. Caminhou até onde Bianca e Cheren estavam. A amiga usava um vestido alaranjado que ficava tão bem nela que podia jurar que ela fosse uma espécie de boneca. Cheren estava sem seus óculos, mas usava lentes de contato para não deixar sua visão enfraquecida, era incrível como cada homem conseguia passar um ar diferente mesmo com os ternos serem tão parecidos.

    Hilda se serviu de uma soda transparente trazida por um garçom e puxou assunto com os colegas de infância.

    — Há quanto tempo, não? – sorriu a morena. – Conseguiu concertar sua Pokédex, Cheren?

    — Já sim – disse ele. – Eu aproveitei para ficar uns dias em Nuvema para descansar e treinar um pouco. Quando fui colocar o pé na estrada, Bianca e eu recebemos seu convite.

    — Não achamos que teria festa de 15 anos – continuou Bianca. – Digo, estava na estrada.

    — Minha mãe deu sorte de eu chegar em Castelia bem perto do meu aniversário – comentou. – Mas mesmo que eu não tivesse chegado há tempo, ela me caçaria. Ela espera essa data tanto quanto eu – riu, observando as bolhas da sua bebida estourarem uma a uma.

    — E como está a jornada? – questionou Cheren.

    — Mais incrível do que parece, apesar de cansativa. Tivemos alguns problemas, mas explorar todos os cantos de Unova que eu nunca imaginaria ver um dia, tá fazendo tudo valer a pena.

    Bianca ouvia aquelas palavras como um incentivo que ela nunca teve. Admirava em ver a amiga tão madura como se conversasse com uma adulta, ainda que as duas tivessem a mesma idade.

    — Acredita que fomos para Johto? – contou, orgulhosa de suas aventuras. – Lá é inverno, então é comum as pessoas irem a fontes termais. Nós fomos e AH! – ela exaltou, buscando a sensação na memória. – Foi como férias no meio do ano letivo – riu.

    — Estou surpreso, Hilda – riu Cheren. – E feliz por você.

    — Obrigada por terem vindo, de verdade – ela segurou a mão dos dois. Era perceptível toda aquela felicidade, e com razão. – Apesar de estarmos em caminhos diferentes, sei que posso contar com vocês dois para tudo. E espero que tenham jornadas em suas vidas tão incríveis quanto a minha tá sendo.

    Hilda ouviu alguém a chama-la e se despediu dos dois, desaparecendo na multidão, deixando os dois jovens estáticos e inspirados. Bianca parecia ser a mais afetada, seus olhos brilhavam com um calor bom no corpo, mas sua mente lhe trazia para a realidade segundos depois, com a voz do seu pai dizendo “não, você não vai”. Tímida, ela segurou com dois dedos a manga do terno de Cheren, que olhou pra ela, sabendo exatamente o aquele gesto queria dizer. Bianca fazia aquilo quando se sentia insegura.

     

    Inari estava meio estupefata com tamanho luxo da família Foley, mas estava ainda mais surpresa em como as festas fora de Johto eram diferentes. Onde estavam os quimonos e a lanternas feitas a mão? Mal sabia o que queria experimentar e desconhecia boa parte dos alimentos, seu único porto seguro eram os membros do seu novo grupo. Mas Hilda estava ocupada demais com os convidados de sua mãe (a maioria do mundo artístico) e Hilbert tinha desaparecido (provavelmente estava no banheiro tentando assimilar o beijo).

    E aí gatinha? – uma voz sussurrou por trás da sacerdotisa que se virou, assustada. Era Vic, usando uma gravata borboleta no pescoço na tentativa de se adequar a ocasião.

    Ele estava voando perto do ombro dela.

    Vem cá, tu topa dançar com o Jackson? – questionou o Pokémon, logo em seguida, recebeu um empurrão do próprio Jackson que não estava muito longe dali.

    — CARA DE PAU! – gritou o rapaz, ruborizado, usando o antebraço para cobrir o rosto, envergonhado. Se recuperou e olhou pra Inari, que ainda estava surpresa: - E-e aí? V-Vem sempre aqui?

    A sacerdotisa cobriu a boca com as mãos e não segurou o riso, deixando o arqueólogo mais corado ainda.

    — Podia colaborar também, né? – disse, em ironia.

    — Você é o mais sociável do grupo e resolveu mandar o Vic pra mandar recado? – questionou a ruiva.

    — Eu não mandei recado nenhum! – ele contestou. – Esse linguarudo quis se aproveitar de mim!

    Tímida, Inari virou o rosto e Jack pode vir um sorriso acanhado surgir nos lábios róseos pintados da mulher.

    — Então você não quer dançar comigo? – perguntou, como se implorasse para que ele fizesse o convite pessoalmente.

    Jackson pigarreou e coçou a garganta tão alto que assustou até alguns convidados próximos. Suas orelhas começaram a queimar, mas não podia perder a chance. Estendeu a mão até onde Inari pudesse ver e soltou um sorriso galanteador.

    — Concede-me a honra de uma dança, senhorita?

    E a sacerdotisa voltou a rir com o a formalidade forçada do rapaz. Jack encolheu os ombros.

    — Assim fica difícil – resmungou ele, mas logo sentiu sua mão ser tocada pela da mulher. Suas mãos se encaixavam como chave e fechadura. Trocaram olhares tímidos e Inari disse:

    — Aceito sim.

    E assim, foram dançar. Com Inari pisando nos pés de Jackson de vez em quando.

     

    Depois de tantos convidados, Hilda ficou grata em encontrar olhares conhecidos. Em um canto, estavam Maisy, Ben, Oliver, Havana e até mesmo Clay, conversando como bons amigos, ainda que Oliver não entendesse direito os assuntos tratados. A garota se aproximou e recebeu um abraço caloroso da mãe.

    — Você não faz ideia de quantas vezes eu chorei em te ver descendo por aquela escada – riu a matriarca, enxugando outra lágrima. – Você ficou linda dançando e foi um alívio te ver com aquele sorriso.

    — Ela quase desidratou – brincou Clay.

    — Está tudo incrível, mãe – sorriu Hilda, um pouco acanhada, retribuindo o abraço. – Obrigada por tudo.

    Havana olhou de relance para o líder de ginásio, assentindo levemente.

    — Filha, podemos te contar algo? – questionou a mulher, indo para o lado de Clay, que parecia ansioso, usando um lenço para enxugar o suor da testa.

    Hilda olhou confusa para os dois e sentiu um leve arrepio na espinha.

    — Bem, você teve pouco tempo para socializar com Clay, mas ele é líder de ginásio de Driftveil e é arqueólogo – explicou Havana, se perdendo um pouco nas explicações. – Ele é um homem incrível, companheiro e sério. E nós – a mulher olhou para o líder que pegou sua mão, com confiança. – Nós estamos namorando.

    A aniversariante engoliu seco e toda sua cabeça entrou em conflito. Já desconfiava de algo, não era nenhuma garota inocente, só não esperava receber a confirmação bem no dia do seu aniversário. Aquele era um presente que ela queria recusar, mas que forçou um sorriso meigo de quem não quer discutir:

    — I-isso... é bom – foi o que ela estupidamente conseguiu dizer.

    — Olha, filha, eu juro que ele é um bom homem e-

    Clay interrompeu com gentileza, estava mais calmo que Havana naquela altura.

    — Hilda, eu não quero substituir ninguém – começou o homem, sendo o mais sincero e compreensível possível. – Não quero te forçar a me aceitar logo de cara. Tome o tempo que for necessário. Mas quero que saiba que minhas intenções são puras e que você pode contar comigo para qualquer coisa.

    Apesar de sentir o coração mais leve, a garota não conseguia esconder o clima pesado que fora deixado. Maisy então acertou uma cotovelada em Ben, que logo entendeu o recado.

    — Ok, pessoal, é hora dos presentes – anunciou o tio de Hilda, empolgando até mesmo Oliver. – Quem começa?

    — Que tal você, irmã? – sorriu Maisy, colocando a mão no ombro da mais velha.

    — Oh, certo – a loira olhou para Clay que logo retirou do bolso uma Pokéball rosada com um pequeno coração perto do dispositivo que abria a esfera. Havana estendeu o objeto: - Esse Pokémon esteve comigo na minha gestação e quando você nasceu. Ela entrou na minha vida num momento complicado, mas assim como eu, ela evoluiu comigo. O nome dela é Lana e ela é uma Blissey, um Pokémon muito conhecido por auxiliar em Centro Pokémon. Ela adora cuidar dos outros.

    Cuidar. Hilda pegou a Pokéball conhecida como Love Ball e não conteve o sorriso.

    — É meio irônico você me dar esse Pokémon – começou, levando o objeto contra o peito. – Mamãe, eu achei um sonho pra mim.

    O grupo manteve a atenção redobrada para ela.

    — Eu vou ser médica! – disse, com convicção.

    — Isso é incrível! – Havana abraçou a filha pela segunda vez, prestes a chorar. – Meu Arceus, essas crianças estão crescendo muito rápido.

    Oliver olhou debochado para os adultos:

    — Heh, eu já sabia. Ela me contou.

    Benjamin e Maisy encaram o filho, se divertindo:

    — Desde quando você guarda segredos da gente? – disse a mãe.

    — Estou ficando adulto, mamãe – disse, com o nariz erguido. – Nem preciso mais da ajuda do papai para pegar comida escondido da geladeira.

    Maisy encarou o marido. “Você vai dormir no sofá hoje”, disse ela com os olhos e Benjamin captou a mensagem, engolindo seco e soltando uma risada sem graça.

    — B-Bem – ele mudou de assunto. – Isso é ótimo demais. Mas falta o presente meu, de Maisy e de Oliver – o homem começou um discurso. – Maisy me disse pra escolher o presente sozinho porque estava ocupada ajudando Havana com os detalhes da festa. Então eu refleti muito sobre o que comprar e posso dizer, sem querer ser convencido, que eu pensei no melhor presente do mundo.

    Todos presentes encaravam o homem, curiosos. Ele então enfiou a mão por dentro do paletó do terno e tirou um envelope retangular e estendeu para sua sobrinha.

    — Tã-dã – ele disse, orgulhoso do objeto.

    — Uma carta, papai? Eu sei fazer isso também – disse Oliver.

    Hilda agarrou o objetou e o analisou. Tinha alguns nomes e endereços estranhos e a bandeira de Alola, uma região distante conhecida por suas praias e pelo seu clima tropical.

    — Eu comprei para Hilda... – ele fez uma pausa de tensão antes de completar: - UMA ILHA!

    A aniversariante, assim como todos os outros encararam o homem, que estava com o queixo levantado de tanto orgulho.

    — Como é? – questionou Havana, atônita.

    — Em Alola tem algumas ilhas pequenas que estão à venda. Escolhi a mais bonita e resolvi comprar – explicou. – Agora não parece a coisa mais “útil” porque ela só tem 15 anos, mas no futuro ela pode fazer um bom uso. Vai que ela resolve construir um resort.

    — Você comprou pensando em lucro? – ironizou Maisy, cruzando os braços.

    — Claro que não – inocentou-se Ben. – Ela pode muito bem usar para construir um hospital, sei lá. Isso ela vai decidir – o homem continuou a perceber os olhares para ele: - Seria melhor ter comprado um anel, né?

    — Dez anos de casamento e eu continuou me surpreendendo com a incrível habilidade do Benjamin em comprar DE TUDO – disse a esposa do empresário.

    — Por favor, não desiste de mim.

    — Eu adorei, tio – sorriu Hilda, sincera. – Não faço ideia do que fazer com isso agora, então peço que você cuide de tudo para mim por enquanto.

    — Viu só? Ela gostou! – defendeu-se Benjamin.

    — Nunca mais te deixo comprar um presente sozinho.

    E assim, a família Foley riu.

     

    As horas em uma festa de 15 anos não pareciam passar. A maioria dos convidados já tinham perdido a hora e nem pareciam se importar. A música continuava alta, a comida já chegava ao fim, mas as bebidas continuavam a serem servidas.

    Apesar de estar se divertindo, Hilda sentiu que precisa de um descanso. Ficou sabendo de um jardim nos fundos, e assim que teve a oportunidade, fugiu para lá.

    O jardim, apesar da noite, era de encher os olhos, ele ficava após atravessar uma pequena ponte e se assemelhavam muito a jardins encantados dos contos de fadas. Tentou até procurar um elfo ou uma fada escondida, mas tudo que achou foi uma enorme árvore com robustos galhos e um gentil balanço de madeira pendurado, pronto para ser usado. Hilda se sentou nele, observando o ambiente. Flores e arbustos cresciam harmoniosamente e os sons noturnos da natureza abafavam qualquer som alto de música eletrônica.

    Ela se balançou levemente e sentiu a brisa noturna afagar seus cabelos no processo. Mas não conseguia ir muito alto.

    Foi quando sentiu duas mãos segurarem o balanço. Hilda olhou para cima assustada e se deparou com a figura de Hilbert e Vic no seu ombro.

    — Você não sabe balançar? – debochou o garoto. – A graça do balanço é ir alto até sentir que pode voar.

    O garoto puxou a menina a empurrou com certa força e ela soltou um grito disfarçado de risada enquanto o menino ria também, empurrando cada vez a amiga. O frio na barriga a deixava ansiosa, mas a sensação de leveza de quase poder tocar o céu a fazia se sentir bem. Ao lado de Hilbert, sentia que podia voar para a Terra do Nunca.

    Eu tô ficando enjoado de ver vocês. Olha a velocidade desse balanço ­– disse Vic, extremamente intrigado com o balanço.

    Hilbert segurou a amiga para que o balanço parasse e ambos olharam para Vic.

    — Você parece um velho falando assim – comentou o treinador.

    Deve ser o peso da maturidade – disse o Pokémon anjo, convencido.

    — Achamos vocês! – uma quarta voz surgiu no jardim.

    Era Jackson e Inari. O casal se aproximou e sentaram-se na grama próxima da árvore e do balanço para descansarem.

    — Eu sabia que seu vestido é parecido com a da Cinderela, mas não imaginei que você fugiria da festa igual ela – riu Jack.

    — Eu achei esse lugar – disse Hilda. – Era pra ser meu esconderijo, mas aparentemente vocês vão me achar mesmo se eu me esconder do outro lado do mundo.

    — Deve ser porque somos seus amigos – comentou Inari. – Somos todos ligados pelo akai ito. Não importa o quão enrolado seja esse fio, sempre vamos nos encontrar.

    — Já pararam para pensar que somos uma equipe estranha? – falou Hilbert, sentando-se na grama com as pernas cruzada. — Temos um otaku, uma desastrada, uma louca que fala com as vozes da cabeça dela, um Pokémon ladrão e um meio Pokémon com problemas de auto aceitação.

    — Isso foi uma crítica dura – riu Hilda.

    — Porque raios vocês me criticam por ser otaku? O Hilbert lê meus mangás – argumentos Jackson.

    — Pelo menos eu não compro estatuetas de personagens de anime nua – retrucou Hilbert. – E o pior, mostro para a Inari.

    Inari cobriu o rosto, envergonhada, tentando não se lembrar dos eventos em Johto. Jack cruzou os braços, sem argumentos.

    — Eu não ligo de sermos imperfeitos. A gente pode não ter um arsenal, nem sermos os mais inteligentes e preparados – começou Hilda, balançando gentilmente. – Mas temos coração. Todos nós aqui estamos correndo atrás de um objeto para salvar uma região inteira. É uma missão nobre.

    — Você não tem medo do futuro, Hilda? – questionou Inari.

    — Eu morro de medo do futuro – sorriu a garota, com sinceridade. – Morro de medo do desconhecido, daquilo que não conseguimos prever. Mas eu tenho vocês ao meu lado, e só isso basta para ter certeza que nosso futuro será brilhante.

    Os outros quatros se entreolharam e concordaram silenciosamente.

    — Eu não contei para vocês – a aniversariante se animou ao lembrar do assunto. – Mas eu encontrei meu sonho. Eu quero ser uma médica. Não sei como vou estudar, provavelmente vou ter que levar vários livros pra jornada, mas sei que é isso quero.

    — Tá zoando? – Hilbert apontou para ela. – Repensa esse sonho agora! Você vai matar todo mundo que cair na sua mão!

    Hilda cerrou o punho e encarou o amigo. Logo depois, partiu para cima do jovem, agarrando os chifres dele.

    — EU VOU ARRANCAR ESSE CHIFRES E VENDER PRA PAGAR TODAS AS DEPESAS QUE VOCÊ JÁ ME DEU! – berrou, enquanto o garoto choramingava. Jackson, Vic e Inari riam.

    O grupo mal percebeu os flashs das câmeras dos fotógrafos registrando aquele pequeno momento que ficaria registrado na mente daquelas cinco figuras tão distintas que se completavam como um quebra-cabeça.

    Se o futuro parecia tão incerto e assustador, Hilbert, Hilda, Vic, Jackson e Inari o faria ser legal com eles.



    OBRIGADA POR LEREM <3

       


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    1. Finalmente, aqui estamos. Onde muitas coisas terminam, e outras novas começam. Foi uma repetição de tudo que nos acompanhou nessa jornada, tanto você como autora quanto os leitores que te acompanham. Parece que foi ontem que a Hilda ainda estava tão incerta de seus sonhos, e eu nem tinha me dado conta de que ela ainda não tinha dito isso em voz alta para ninguém. Foi um grade passo, completar 15 anos é algo tão marcante e acho que conforme o tempo passa a gente perde a noção do quanto isso representa para alguém. Você escolheu tão bem as palavras que parece ter completado 15 anos de novo kkkkkkkk As inseguranças, o medo do que ser quando crescer, e todo esse preparativo com roupas, comida e local que deixam nossos pais loucos kkkk Que saudade disso tudo!

      Você descreveu com tanto carinho toda a dança deles que pareceu um verdadeiro conto de fadas. Com a musiquinha então, impossível não entrar no clima! Ah, teve tanta coisa boa para se lembrar dessa festa.
      Clay, o melhor padrasto do Mundo Pokémon kkkkk O Jackson tirando a Inari para dançar e aquela descrição linda dele continuar guiando ela, mesmo com as tropeçadas; Cheren e Bianca indo apoiar a amiga, todo mundo muito chique e estiloso e sem perder o seu brilho. Que momento verdadeiramente mágico, o que você construiu aqui é muito especial.

      Se você tinha qualquer insegurança quanto a suas ilustrações, pare já com isso! Elas ficaram maravilhosas, é tão diferente de conferir os esboços e então ver a versão finalizada, ir imaginando a cena. Eu sorri quando percebi o Teddiursa que foi dado de presente lá no Capítulo 28, surtei com o beijo e me emocionei com os momentos finais desse grupo tão perfeito. Acho que a última ilustração foi a minha favorita, aqueles últimos momentos de festa quando os caras já arrancaram a gravata e as garotas desceram do salto. E claro que eles se completarão no final como um quebra-cabeça <3

      Meus parabéns pela primeira temporada concluída, Star. Que você sempre possa lembrar dessa história com saudade e carinho, lembre-se do esforço que você teve para chegar até aqui e do quão orgulhosos nós estamos! Você entregou 32 capítulos maravilhosos, um montão da Pensão, ilustrações e um header novíssimo para comemorar a próxima etapa da jornada. Se NPU não é uma enorme conquista pessoal sua, eu não sei o que seria! Escrever agora é parte da sua vida também.

      Com carinho, Sr. Ominoso.

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      1. YOO CANAS

        WE DID IT! Os 15 anos é uma data especial pra muita menina, então, como eu não tive uma, eu meio que depositei tudo que vi e sonhei na minha filha <3 Espero que ela esteja feliz e tenha se divertido!

        EU JURO QUE ASSISTI ESSA VALSA DA CINDERELLA MILHÕES DE VEZES PARA TRAZER ESSE SENTIMENTO. Eu sou apaixonada por todo esse clima de contos de fadas, a princesa, o príncipe, o amor a primeira vista, acho que seria muito desastroso terminar uma temporada sem dar uma oportunidade de descanso e diversão pros meus meninos <3 Esse é o momento que o grupo está junto, que eles vão se conhecer, que vão mostrar que por debaixo de toda aquela missão, existem jovens e adolescentes ansiosos por suas vidas

        Eu adorei você falando da Inari e do Jackson, pq eu sei que não é o momento do holofote pra eles, mas eu queria realmente passar essa mensagem: Ter alguém pra segurar sua mão mesmo com os erros <3 Inari está conhecendo o mundo ao lado da pessoa certa
        O CLAY É UM ANJO, CHEREN E BIANCA SEMPRE PRESENTES! EU AMO TUDO TUDO TUDO!

        EU FICO MUITO GRATA! As ilustrações deram um charme a mais, eu fiquei feliz em falar que conseguir fazer, apesar de imprevistos, tudo foi feito com amor e carinho pra dar tempo :3 E arrisco de dizer que a imagem do beijo e a última são minhas favoritas <3

        Que o destino possa abençoar esses 5 e que possamos estar aqui para continuar junto a eles.

        Obrigada Canas, você esteve desde o início apoiando, incentivando, me acompanhando desde o começo com os surtos, até as fases que eu ficava desmotivada, ou nas fases que eu estava muito inspirada, corrigiu, deu sugestões, me guiou mesmo com as pisadas nos pés, igual o Jackson <3 Se NPU teve sua primeira temporada concluída, foi pq eu tava acompanhada por aquele que sabia segurar minha mão no momento certo!

        Obrigada por tudo e até a próxima temporada!

        See ya <3

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    2. Eae Star

      Esse capítulo teve um clima muito bom. Li o tempo todo com um sorriso no rosto. As artes ficaram muito boas e contribuíram de mais pro capítulo.

      Nossa, que orgulho. Uma temporada completa. Foi uma longa, mas prazerosa jornada. Sø quero te desejar força e que venha mais uma temporada com esses personagens que aprendemos a amar.

      A gente se vê, Star!!!

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      1. Yoo Alefu

        YOU MADE IT! Você chegou até o final <3

        Fico feliz de ter encerrado essa temporada e fico feliz de você ter se divertido, esse fim de temporada eu quis garantir que fosse calmo <3

        Obrigada por estar aqui, Alefu <3 E que venha a segunda temporada

        See ya

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    3. TU QUER ACABAR COM MEU CORAÇÃO, RAPARIGA???

      Bom, eu nunca tive uma festa de aniversário grande, a maior parte das vezes se resume a pequenos jantares apenas com a família ou simplesmente nada. Acabei chegando à conclusão que preciso de um Victiny numa trela para construir o maior forrobodó da minha vida.

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